RECURSOS MULTIMÍDIA E BIBLIOGRAFIA


13.  RECURSOS DE MULTIMÍDIA

Denominamos aqui de recursos de multimídia os materiais, também conhecidos como recursos audiovisuais, que têm como objetivo facilitar o processo de construção do conhecimento, ilustrando conceitos e noções mais abstratas.
Durante este processo, não basta que o professor apresente o material para que os alunos o contemplem passivamente, mas que possam também acioná-los, usando sua criatividade, especialmente nos momentos de apresentação de trabalhos.
Selecionamos alguns recursos, reforçando as principais orientações técnicas a serem observadas em sua produção e utilização.

SLIDES                 
- Utilizados para explorar textos curtos, inserir fotos e figuras, gráficos, som, filmes e animação e outros efeitos.
- Apresentados através de datashow ou de DVD e TV.
- Podem ser produzidos a partir de orientações de diversos programas da internet.
- Na apresentação deve-se ter cuidado com o layout dos slides, não colocando excesso de informações, cores e letras minúsculas (pequenas) e variadas.
- Deve-se evitar grandes tabelas e fundos que desviem a atenção do foco do tema tratado.
- Slides limpos ajudam a fixar conteúdos.
- Não repita o título em todos os slides.
- Uma boa sugestão de fonte é a Verdana.
- Prepare apresentações que não sejam longas.
- Dê oportunidade de interação em suas apresentações de slides. Mostre diferenças qualitativas e procure atrair a atenção para pontos-chave.
- O material produzido pode ser publicado e/ou postado em blogs e sites.

VÍDEO                    
- Podem ser utilizados vídeos prontos para serem assistidos e explorados, bem como pode ser solicitado que os alunos produzam seus próprios vídeos, o que em muito favorece a aprendizagem.
Alguns cuidados na produção de vídeo:
1 – Antes de tudo, estude bem o conteúdo que será abordado no vídeo. Não adianta um vídeo lindo, cheio de efeitos, mas com problemas de conteúdo.
2 – Defina o tipo de vídeo, lembrando-se que os documentários são mais fáceis de serem produzidas do que ficção. Um vídeo de ficção exige preocupações com cenários, figurino, etc.
3 – Faça o roteiro do vídeo. Fazer um roteiro é mais do que escrever as falas, é definir o comportamento, a personalidade, a fala de cada personagem, os ruídos externos e a ambientação da cena. 
4 – Após a filmagem, vem a fase da edição, Neste momento, tome alguns cuidados especiais:
a)              Primeiro: nome da escola e título do vídeo.
b)             Segundo: o vídeo propriamente dito.
c)              Créditos: aqui deve entrar o nome completo de todos os que trabalharam na produção e suas funções. É fundamental que entre o nome completo de todos e o nome do professor que solicitou.
5 - Nos créditos entram também as referências. Se utilizou imagens colhidas na internet, não esqueça de incluir as fontes, ao final.
6 – Cuidado com a trilha sonora. Evite utilizar músicas conhecidas, use músicas que sejam de domínio público.  Preferencialmente, tente produzir a música do seu vídeo.

FOTONOVELA                  
- Fotonovelas são histórias contadas através de textos, em forma de balões de conversa adicionados às personagens das fotografias ou com imagens introduzindo as cenas. 
- Funções envolvidas para a elaboração de fotonovelas: diretor, roteirista, fotógrafo e atores. Mas cabe a colaboração da equipe em todas estas funções.
- Chamamos a atenção para o tema tratado, a distribuição das falas dos personagens, o contexto social, a qualidade e seleção das fotografias, a escolha do programa para a edição, apresentação ou publicação do trabalho.
- A elaboração envolve os critérios de participação, criatividade e apresentação de fotonovela.
- O tema deve ser valorizado no decorrer da fotonovela com a introdução, desenvolvimento, desfecho e a relação destas partes com o contexto social.
- Vale estabelecer uma quantidade mínima e máxima de slides para o desenvolvimento das fotonovelas.
- Os alunos poderão escolher, sob orientação, programas para a elaboração das fotonovelas como Word ou Power Point.
- Cabe ainda o cuidado ao escolher a capa, e o título, o formato das fotos, registro de créditos, nomes de atores e participantes no processo de planejamento e produção.

CARTAZES
- Os cartazes são recursos visuais que visam basicamente despertar a atenção para determinado assunto ou divulgar uma mensagem.
- Na escola, são muito utilizados para apresentar idéias, recomendações, conclusões ou informações de um estudo realizado, podendo ser ilustrado com desenhos ou gravuras.
- Têm a vantagem de despertar a atenção, serem de baixo custo e facilmente confeccionados.

Orientações básicas para elaboração de cartazes
- 1º passo: fazer um esboço do cartaz.
- Usar, de forma adequada, os três elementos visuais do cartaz: ilustração, texto e cor.
- Mensagem: deve ser clara, breve, objetiva e menos rebuscada possível.
- Texto: deve ser pequeno, com menor número possível de palavras, simples, direto e objetivo, de leitura rápida e de fácil compreensão.
- Ilustração: usar poucas ilustrações. De preferência uma ou duas.
- Desenhos e gravuras: devem ser simples, sem muitos detalhes.
- Podem ser usados como ilustração: fotografias, desenhos, gravuras...
- Cor: usar poucas cores.
- O fundo deve ser de cor clara.
- Letras: devem ser fáceis de ler, de tamanho adequado e cor contrastando com o fundo.
- Usar cores fortes na escrita: preto, vermelho, azul, verde.
- Usar a cor vermelha quando desejar destacar uma palavra.
- Não escrever uma palavra usando mais de uma cor.
- Não partir as palavras.
- Material: cartolina ou folha de papel grosso.
- Tamanho: podem ser de diversos tamanhos e formatos
- Não colocar textos e ilustrações muito junto às bordas do cartaz. É preciso que haja um espaço vazio em toda volta do cartaz, como uma margem imaginária.
- As ilustrações e o texto devem constar no espaço disponível de forma harmônica
- Atenção à criatividade!

MURAL
- “É um conjunto de elementos subordinados a um tema, dispostos harmonicamente com o fim de transmitir determinada mensagem”. (Piletti, 1992: 174).

Orientações básicas para elaboração do mural
- Preparar um esboço inicial.
- Usar letras que permitam a leitura sem muito esforço.
- Utilizar ilustrações que despertem interesse: fotos, mapas, gravuras, desenhos, etc).
- Utilizar recursos para estabelecer relações de sentido (barbantes, fio plástico, setas, linhas coloridas, etc).
- Atenção do equilíbrio na distribuição dos elementos incluídos no cartaz.

RETROPROJETOR / TRANSPARÊNCIA
- Retroprojetor: projeta elementos desenhados, ou escritos, ou impressos em transparências.
- Vantagem: não requer o escurecimento da sala.
- Atenção à quantidade de informações contidas nas transparências. Não utilizar textos, mas sim esquemas.

EXPOSIÇÃO
- Exposição é uma amostra de materiais, objetos, ilustrações, textos, painéis, etc..., que têm como objetivo fazer uma demonstração de trabalhos dos alunos.

Orientações básicas para elaboração da exposição
- Definir os objetivos e o público. Uma exposição não tem o simples intuito de mostrar objetos, mas visa comunicar resultados de estudos.
- Selecionar o conteúdo em função dos objetivos e do público.
- Escolher um título sugestivo e atraente.
- Planejar a exposição com relação aos seguintes aspectos: local e circulação dos visitantes.
- Selecionar os objetos que farão parte da exposição. Planeje como ficarão dispostos para transmitir as ideias básicas.
- Planejar como será a participação do público durante a exposição.

GRAVURAS E FOTOGRAFIAS
- “As gravuras – desenhos, pinturas e ilustrações de revistas, jornais ou livros – são usados na situação de ensino-aprendizagem, para facilitar a visualização de seres, objetos, fatos e fenômenos de difícil observação em situação natural”. (Haidt, 2004: 241).
- As fotografias (de objetos, seres e cenas), preferencialmente devem ser feitas pelos próprios alunos ou professor, de acordo com os conceitos e ideias trabalhadas.
- As gravuras e as fotos podem ser utilizadas sozinhas ou em outros recursos visuais, como cartaz, mural...
- Atenção para que o número de gravuras e fotos não seja excessivo, para não causar dispersão.
- As gravuras e fotos devem ser exploradas de forma a acionar esquemas mentais dos alunos, isto é, estimulá-los a “observar, fazer perguntas e comentários, descrever, comparar, identificar elementos principais e detalhes, localizar os fatos e fenômenos no tempo e no espaço, analisar, interpretar”. (Haidt, 2004: 242).

PÔSTER
- O pôster é tipo um cartaz ou banner, que tem como finalidade apresentar informações, dados relevantes e resultados da pesquisa[1].

Elementos Básicos do Pôster
- Título: deve ser sintético e refletir a essência do trabalho.
- Instituição e/ou Nome(s) do(s) autor(es) por extenso.
- Pequenos textos com resultados da pesquisa.
- Imagens: fotografias, desenhos, ilustrações (se for o caso).
Orientações Gerais para elaboração do pôster:
- 1º passo: elaborar um esquema do pôster.
- Medida: 60 X 90 cm.
- Material: impresso em gráfica ou improvisado (TNT, cartolina, tela, estopa, etc).
- Cor: excesso de cores prejudica a visualização.
- Fontes: podem variar, mas não exagerar. Usar fontes de boa legibilidade.
- Não escrever textos totalmente em maiúsculas.
- Tamanho das fontes: mínimo 25 pontos.
- Pode-se usar uma “ripinha” de madeira, na parte de cima ou de baixo, para dar maior firmeza ao material.

PORTFÓLIO
- Palavra de origem inglesa, portfólio é o conjunto ou coleção daquilo que está ou pode ser guardado num porta-fólio (= cartão): fotografias, gravuras, etc.
- Um dos mais novos subsídios para uma avaliação que contribui para a autonomia intelectual dos alunos.
- É uma coleção de produções do aluno, que apresentam as evidências de sua aprendizagem.
- É organizado pelo próprio aluno, para que ele e o professor, em conjunto, possam acompanhar o seu progresso.
- Não é simplesmente uma pasta onde são arquivados textos. Desde a produção à seleção dos trabalhos, envolve o julgamento da qualidade da produção. O esforço do aluno neste sentido é valorizado e reconhecido.
- Ao perceber que seu trabalho escolar lhe pertence, o aluno passa a assumir responsabilidade por sua execução.
- Ao invés de ter suas produções isoladas umas das outras, entregues ao professor para que sejam corrigidas, o aluno conserva uma coleção organizada de suas atividades, de modo que passa a perceber sua trajetória e suas interligações.
- Pode contribuir para a formação da consciência e da compreensão por parte do aluno, de que ele é sujeito de sua própria aprendizagem e, mais do que isso, agente de seu próprio pensar.


Sugestão para organização do portfólio
- Capa
- Sumário
- Apresentação: contexto, objetivo do trabalho com portfólio, como foi feito, o que contém
- Trabalhos produzidos, sob orientação do professor.
- Trabalho independente - comentários de filmes, reportagens, charges, livros, textos, registro de entrevistas, visitas, fotos, desenhos etc, sempre referentes aos conteúdos da disciplina.
- Considerações: auto-reflexão individual (ou do grupo) sobre a experiência com a construção do portfólio, tipo auto-avaliação.
- Referências bibliográficas.



14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E WEBGRAFIA

REFERÊNCIAS

ABREU, Maria Célia e MASETTO, Marcos T. O Professor Universitário em Aula. SP: MG Associados, 1990.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 1998.

BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola. O que é e como se faz.São Paulo: Loyola, 2000.

BRÁS, Antonio Augusto e COSTA, Eloisa Helena de Campos. Normas para Apresentação de Trabalhos Científicos. Duque de Caxias: FEUDUC, 2000.

CATTANI, Airton. Como Apresentar Trabalho num Congresso Científico: elaboração de pôster. Porto Alegre: UFRGS, PROPOESQ, 2005.

COSTA, Eloisa Helena de Campos. Produção de Texto Científico. Estrutura do Texto. Cabo Frio: FERLAGOS, 2006.

COSTA, Eloisa Helena de Campos. Elaboração de Pôster Científico: orientações básicas. Cabo Frio: FERLAGOS, 2006.

FERLAGOS. Trabalho Final de Curso: Considerações, critérios e normas para seu desenvolvimento e apresentação. Cabo Frio: Faculdade da Região dos Lagos, 2007.

GOMIDE, Magdalena Del Vale. Aprendendo a Estudar. Rio de janeiro: Ao Livro Técnico, 1981.

HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. São Paulo: 1994.

PILETTI, Claudino. Didática Geral. São Paulo: Ática, 1992.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas, 1995.

MEDEIROS. João Bosco. Redação Científica: A prática de fichamentos, resumos, resenhas. São Paulo: Atlas, 2000.

REVISTA NOVA ESCOLA. Ano XXIV, nº 220, março 2009.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Procedimentos de Ensino-Aprendizagem que Contribuem para a Melhoria do Desempenho Acadêmico dos Alunos. Cabo Frio: DETEP, Divisão de Supervisão Escolar, Serviço do Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano de escolaridade e Ensino Médio, 2010.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2000.

VITÓRI, Solange. O portfólio como instrumento de avaliação na organização do trabalho pedagógico. Revista Aprender Virtual, nov / dez, 2002.


WEBGRAFIA
Biblioteca Virtual. Disponível em http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/especial/200908-pesquisanainternet.ph.Acessado em 07/05/2010
MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na Educação. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/internet.htm. Acessado em 07/05/2010
MARCELINO, Cristiane. “ Ética na Pesquisa” Disponível em: http://www.authorstream.com/Presentation/cris_marcelino-201400-tica-na-pesquisa-escola-projeto-educa-oficinas-iebr-education-ppt-powerpoint/. Acessado em 08/05/2010
BOULHOSA,Tatiana Machado. “Como fazer referências...” In Projetos de Rede. Disponível em:

http://www.anglobrasileiro.com.br/filosofia_referencias.htm. Visitado em 08/05/2010
PINHEIRO, José Maurício Santos. “Bibliografia e Webgrafia” Disponível em http://www.projetoderedes.com.br/a. Php.   Visitado em 08/05/2010  
SIQUEIRA, Jairo. Ferramentas de Criatividade Mapa Mental ( Mind Map) . Rio de Janeiro. Disponível em : http:// criativadade.wordpress.com
SLIDESHARE-FOTONOVELA. Disponível em: http://www.slideshare.net/neliosouto/fotonovela-presentation.  Acesso em 07/05/2010
PORTAL EDUCACIONAL DAS WEBQUESTS DA LÍNGUA PORTUGUESA. Disponível em: http://www.portalwebquest.net/. Visitado em 11/05/2010
VILELA, Virgílio Vasconcelos.   Mapas Mentais na escola . Brasília . nov./2002. Disponível em http://mapasmentais.com.br
_________________________.Modelos e Métodos para usar Mapas Mentais . 2007. Amostra grátis em disponível em http://mapasmentais.com.br





[1] Ver exemplo na última página dos anexos.