TÉCNICAS DE ESTUDO


11. ATIVIDADES E TÉCNICAS DE ESTUDO

FICHAMENTO
O fichamento visa extrair do texto estudado o seu conteúdo interpretativo.
No fichamento devem constar os dados essenciais de um capítulo, ou artigo, ou livro, assim como a bibliografia.

Ficha bibliográfica
- Contém informações básicas sobre o livro.
- Pode ser por autor e por assunto.

Ficha-cópia ou de transcrição
- Não se pode alterar o texto de forma nenhuma.

Ficha-resumo
- Pode basear-se em um ou mais livros, textos ou trabalhos, reproduzindo as idéias do autor.

Ficha de comentário
- Corresponde a uma análise do texto.

ESQUEMA
Esquema é o plano, a linha diretriz seguida pelo autor no desenvolvimento de sua escrita. Para elaborá-lo, o aluno deve descobrir a organiza­ção dada ao trecho que consulta, e a relação entre as ideias, retirando-lhe, apenas, as ideias mais importan­tes, que devem ser anotadas em forma de tópicos e subtópicos.

Roteiro
- É a transformação do texto em itens numerados ou letrados, contendo apenas palavras-chave

Quadro sinótico
- É mais detalhado que o roteiro.
- Contém o que é essencial no texto.
- Tipos de quadros sinóticos: quadros com chaves e quadros em colunas.
Desenho esquemático
- Envolve desenhos simples para evidenciar as relações entre as idéias.
- Usa o grande poder atrativo da representação visual.

Gráfico
- Envolve diagramas para estabelecer as relações entre as idéias.
- Também usa o grande poder atrativo da representação visual.

Atividades para a promoção da habilidade de fazer esquemas
- Terminar um esquema sobre determinado assunto, iniciado como guia, pelo professor;
- Discutir, em grupo, os tópicos essenciais, na pes­quisa de determinado assunto e anotá-los;
- Fazer esboço de um plano para determinada ativi­dade como: preparação de uma excursão, de uma dra­matização, uma comemoração, etc;
- Ajudar a agrupar determinados subtópicos de lei­tura feita em um tópico;
- Dividir um tópico lido em subtópicos;
- Fazer planos para um artigo;
- Ler um texto e dividi-lo em atos ou cenas;
- Planejar uma atividade, anotando as ideias princi­pais para sua realização.

ANOTAÇÕES
A escrita é um poderoso instrumento para preservar o conhecimento. Anotar é a melhor técnica para guar­dar informações obtidas, por exemplo, em sala de aula, livros, internet, etc. Manter os apontamentos é fundamental. Logo, nada de rabiscar em folhas soltas. Mas, também, não se deve ir escrevendo no caderno de anotações tudo o que se ouve ou lê. Tomar notas supõe rapidez e economia.
As anotações devem ser:
- Suficientemente claras e detalhadas, para que sejam compreendidas mesmo depois de algum tempo;
- Suficientemente sintéticas, para não ser preciso recorrer ao registro completo, ou quase, de um texto.
Anotar é uma técnica pessoal do estudante. Pode comportar letras, sinais que só ele entenda. Mas há pon­tos gerais a observar. Quando se tratar de leituras, não basta sublinhar no livro, o que, aliás, não deve ser feito em livros que outras pessoas precisem consultar, pois os inutiliza.
Devem-se passar as notas para o caderno de estu­dos. O aluno tem de se acostumar à síntese: aprender a apagar, mentalmente, palavras e trechos menos impor­tantes, para anotar somente palavras e conceitos funda­mentais. Outros recursos: jamais anotar dados conheci­dos, a ponto de ser óbvio, eliminar artigos, conjun­ções, preposições (como na linguagem telegráfica) e usar abreviaturas.
É preciso compreender, também, que anotações não são resumos, mas registros de dados essenciais que po­dem ser relacionados entre si por meio de flechas indicativas.
É interessante observar que muito mais fácil do que fazer anotações de leitura é fazer anotações de algo que se ouviu. Portanto, inicialmente, o aluno deverá ser le­vado a tomar notas ao ouvir entrevistas, notícias, avisos, palestras etc.

RESUMO
O resumo ou síntese é um texto menor que o original, contendo suas idéias principais e detalhes importantes.
O resumo difere do esquema e do fichamento porque é formado por parágrafos de sentido completo. Sua leitura dispensa a do texto original, no que diz respeito ao conteúdo.
Para fazer um resumo de um texto, de um livro ou de um capítulo do livro, é necessário que o aluno tenha feito a leitura analítica. Um texto lido, trabalhado, analisado, sublinhado, com anotações à margem, é um resumo em potencial.
O estudante vai resumir o texto usando as palavras do autor ou com as suas próprias palavras, mas deve manter-se fiel às idéias do autor.
O resumo facilita o trabalho de captar, analisar, relacionar, fixar e integrar aquilo que se está estudando, e serve para expor o assunto, inclusive em uma prova.






MAPA MENTAL
O mapa mental é um diagrama que tem como objetivo sintetizar e organizar idéias. Podemos utilizá-lo para elaborar resumos de livros, sintetizar conteúdos e organizar idéias de um grupo de estudo.
Pode-se fazer um mapa mental no papel ou utilizar programas específicos (há vários programas gratuitos na internet).  Nossa sugestão é fazer primeiro um rascunho no papel.

Como fazer um mapa mental
1 – Isole no meio da folha o conceito trabalhado.
 
2 – A partir dele, faça ramificações com as idéias secundárias:
 
 
3 – Ramifique novamente as idéias secundárias quantas vezes forem necessárias:

 
Como “ler” um mapa mental
Algumas pessoas “estranham” um mapa mental ao vê-lo pela primeira vez, o que se deve à forma de olhar para ele e tentar entendê-lo. Assim como não olhamos um texto como um todo, a melhor forma de compreender um mapa mental novo para nós é ler um tópico de cada vez, começando pela raiz.
O ritmo com que isso é feito depende do conhecimento do conteúdo e conseqüentemente do tempo de resposta da compreensão: assuntos familiares são reconhecidos mais rapidamente, enquanto que temas novos ou menos conhecidos requerem mais dedicação a cada bloco.
Quando olhar pela primeira vez para um mapa mental, verifique também se há alguma seqüência nos tópicos. Se o mapa estiver virado para um lado, será de cima para baixo. Se for radial (direita e esquerda), tipicamente o primeiro tópico estará acima do lado direito, continuando do lado esquerdo no sentido horário ou no alto. (http://www.possibilidades.com.br/recursos/mapas_mentais.asp).

Mapa Mental:

 




MAPA CONCEITUAL
O mapa conceitual é uma representação gráfica semelhante a um diagrama. No mapa conceitual os conceitos são interligados por palavras, verbos de ligação ou advérbios.

Para os alunos
Como uma ferramenta de aprendizagem, o mapa conceitual é útil para o estudante, por exemplo, para:
·       Fazer anotações;
·       Resolver problemas;
·       Planejar o estudo e/ou a redação de grandes relatórios;
·       Preparar-se para avaliações;
·       Identificar a integração dos tópicos.

Para os professores
Para os professores, os mapas conceituais podem constituir-se em poderosos auxiliares nas suas tarefas rotineiras, tais como:
·  Tornar claro os conceitos difíceis, arranjados em uma ordem sistemática;
·  Auxiliar a manterem-se mais atentos aos conceitos chaves e às relações entre eles;
·  Auxiliar a transferir uma imagem geral e clara dos tópicos e suas relações para os alunos;
·  Reforçar a compreensão e aprendizagem por parte dos alunos;
·  Permitir a visualização dos conceitos chave e resumir suas inter-relações;
·  Verificar a aprendizagem e identificar conceitos mal compreendidos;
·  Auxiliar na avaliação do processo de ensino-aprendizagem;
·  Possibilitar a avaliação do alcance dos objetivos pelos alunos, através da identificação dos conceitos mal entendidos e dos que estão faltando.

 Orientações importantes:
·   Escolher o tema a ser abordado;
·   Definir o objetivo principal a ser atingido;
·   Definir a apresentação dos tópicos, colocando-os numa seqüência hierarquizada com as interligações necessárias;
·   Dar conhecimento ao aluno do que se espera quanto ao que ele poderá ser capaz de realizar após a utilização do processo de aprendizagem;
·   Permitir sessões de feedback, de modo que ao aluno seja possível rever seus conceitos, e ao professor avaliar o instrumento utilizado, de modo a enfatizar sempre os pontos mais relevantes do assunto, mostrando onde houve erro e promovendo recursos de ajuda. (http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/utilizamapasconceituais.html).

Mapa Conceitual:
 
I

http://mapasconceituais.cap.ufrgs.br/mapas.php




WEBQUEST
A webquest orienta atividades envolvendo pesquisas, estudos e realização de tarefas com o uso da internet e TICs[1].
Possui características próprias de acordo com o objeto em estudo e a intencionalidade da situação. A webquest pode ser publicada pelo professor em um site, um blog ou uma página na internet.
É uma estratégia elaborada pelo professor e geralmente segue as seguintes etapas:

1-      Introdução
O início da webquest envolve o aluno na situação em que o tema está inserido, atraindo-o para o interesse em relação ao que será desenvolvido.

2-      Tarefa
Nesta etapa o aluno é orientado a realizar as tarefas de forma clara para que as atividades sejam desempenhadas satisfatoriamente, valorizando a pesquisa envolvida na webquest. As tarefas podem ser individuais ou em grupo.

3-      Processo
Ocorre nesta etapa o esclarecimento da metodologia, as orientações que o aluno necessitará para realizar as tarefas.
Essas orientações precisam ser claras, pois o aluno tem acesso à webquest por uma publicação na internet.
No caso das atividades serem desempenhadas em grupo, a orientação deve mostrar o papel que cabe a cada membro da equipe.

4-      Recursos
Os alunos recebem uma listagem de sites, blogs e páginas da internet com textos, filmes, apresentações em slides, que são fontes de consulta para a realização das atividades. Esta lista passa por um critério de qualidade de informações adequadas aos objetivos pedagógicos estabelecidos pelo professor.
5-      Avaliação
A sugestão é que a avaliação seja qualitativa e quantitativa envolvendo a participação, a colaboração, a expressão do conhecimento construído, a forma desta expressão em critérios claros com pontuação para que efetivamente o aluno observe o que ele alcançou e pode ser melhorado.

6-      Conclusão
Esta última etapa registra uma breve conclusão a ser alcançada pelo aluno. Breve porque somente após o desenvolvimento de todas as etapas é que o aluno vai registrar sua própria conclusão, ampliada em relação à conclusão iniciada pelo professor.

















[1] Tecnologias da Informação e Comunicação